quarta-feira, 16 de novembro de 2011

QUERO SABER COMO... câmara de gás

A Câmara de gás é um dos suportes utilizados pela justiça de alguns países para execução de condenados a morte, foi vastamente usada durante a segunda guerra mundial.







Foi criada nos EUA, por sugestão do médico toxicologista Albert Southwick (foto), inspirado no uso de gases tóxicos durante a Primeira Guerra Mundial. A ideia original era saturar a cela do condenado com gases tóxicos enquanto este dormia, sem prévio aviso. A ideia não se mostrou viável.

O primeiro condenado à morte a ser executado na câmara de gás foi um chinês de nome Gee Jon, no estado norte-americano de Nevada, em 1924.

Na Alemanha nazista na II Guerra Mundial essas câmaras eram muito solicitadas, em campos de extermínio (em Varsóvia) do lado polonês na eliminação sistemática de seus prisioneiros.

Como funcionavam as câmaras de gás?

Nestas câmaras, hermeticamente vedadas, um poderoso e mortal gás chamado Zyklon B era injetado em quantidades no interior. O "Zyklon B" era o nome comercial, mas na verdade, tratava-se do ácido cianídrico um gás muito utilizado até hoje nas câmaras de gás norte americanas.

Zyklon B ( Ácido cianídrico ) o gás da morte


O ácido cianídrico usado para esse fim é uma pastilha em forma de cristais, que uma vez exposto ao ar entra em processo de sublimação e após algumas horas começa a liberar o gás mortífero e altamente letal quando inalado.

Para se ter uma ideia, mesmo em pequenas doses, ao ser respirado o gás cianídrico entra pela corrente sanguínea, até chegar às células, onde bloqueia a ação das mitocôndrias, e desse modo as células ficam sem produzir energia, ocorrendo a seguir a morte por asfixia.

O gás também é usado em grandes celeiros na eliminação do caruncho (pragas).

 Este gás foi inicialmente utilizado como pesticida, para matar piolhos, pulgas e carrapatos transmissores de tifo, que era uma doença endêmica na época da Segunda Guerra. A casa ou alojamento com pragas eram bem fechadas e os cristais eram jogados em seu interior. Depois de seis horas, todos os insetos estavam mortos.

Fúnebre foi a descoberta de que o gás também era tóxico para humanos, e desse modo, os prisioneiros judeus eram confinados em câmaras (grandes salas de concreto) muito bem lacradas, e os cristais de ácido cianídrico eram jogados em seu interior.


Ao contrário do que se imagina esse "processo de morte" não era rápido nem indolor como na câmara de gás. A sublimação do gás cianídrico era lenta e sua inalação altamente sufocante. Homens e mulheres, novos e velhos, eram levados para estas câmaras sob o pretexto de tomar banho.

Também era realizado um cuidadoso trabalho para que as vítimas realmente pensassem que tomariam banho e sairiam de lá vivas: os alemães ordenavam que todos tirassem as roupas e depois cada vítima recebia um cabide numerado para que colocasse suas roupas para que depois do "banho", pudessem reavê-las, e as pessoas eram obrigadas a levantar os braços ao entrar para que assim houvesse mais espaço para acomodar mais detentos.

Antes de entrar na câmara, os prisioneiros tinham seus cabelos cortados por outros prisioneiros que habitavam o campo há mais tempo, e em um espetáculo de sadismo, algumas vezes, os alemães convocavam uma banda para entretê-los antes de levá-los para a câmara.

Assim que as portas se fechavam, a luz era apagada e o gás começava a invadir a sala.
Muitas vezes as paredes tinham de ser lavadas cuidadosamente após cada utilização, pois no desespero, várias pessoas se jogavam contra as mesmas .

Erroneamente, a decisão de usar a câmara de gás foi tomada na Conferência de Wansee, em 1942, e primeiramente usavam monóxido de carbono (CO) do motor de um tanque. A última utilização das câmaras de gás ocorreu em 1944, em Auschwitz-Birkenau, o mais tenebroso campo de extermínio.


Auschwitz-Birkenau

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